11 a 19 Mar :: 13º Portalegre JazzFest (Festival Internacional de Jazz de Portalegre)


Em virtude de um grave problema de saúde familiar, o concerto de Mari Kvien Brunvoll e Stein Urheim, programado para a abertura do JazzFest, no dia 11 de março, foi cancelado.
Pelo facto pedimos as nossas desculpas.
Em sua substituição, a organização do JazzFest  propõe aos nossos espetadores uma estreia no Festival, o RED Trio:


11 MAR. SEX. 21.30H
RED trio (Portugal)
13º Portalegre JazzFest | GA | 8 € (oferta 1 CD)  / Passe 25 € (oferta 4 CDs) | M/4 anos


Rodrigo Pinheiro :: piano
Hernâni Faustino :: contrabaixo
Gabriel Ferrandini :: bateria 

O RED trio foi formado em 2007 e é constituído por Rodrigo Pinheiro, no piano, Hernâni Faustino, no contrabaixo e Gabriel Ferrandini, na bateria, todos eles destacados elementos da nova geração de músicos da cena portuguesa de improvisação livre. Partindo do clássico trio de piano, uma das formações mais exploradas na história do Jazz, o RED trio afasta-se deste paradigma colocando no mesmo plano de importância sonora todos os instrumentos que o constituem, todos eles tendo uma participação forte no som do grupo.
É das intersecções, confluência, perturbações e utilização de técnicas extensivas que surge o discurso único do grupo: uma gama dinâmica que parte do quase silêncio até descargas de energia sónica plenas de fisicalidade e emoção.
Foi precisamente este discurso único que contribuiu para a ascensão vertiginosa do RED trio no espaço de meros dois anos: o seu primeiro álbum, homónimo, lançado em 2010, valeu-lhes de imediato um reconhecimento mundial esmagador, com a atribuição de prémios para melhor registo de estreia pelo enciclopédico site All About Jazz e uma tour pela Europa de Leste.

O ano de 2011 viu a edição do segundo trabalho, Empire, em colaboração com uma das lendas vivas do jazz mundial, o britânico John Butcher. A receção crítica a este disco extravasou por completo todas as enormes expectativas deixadas pelo registo de estreia: prémio de melhor álbum de jazz do ano para incontáveis publicações da especialidade, concertos em Nova Iorque e Chicago, presença em vários dos maiores festivais de Jazz europeus, atuações nas maiores salas de Portugal (CCB, Serralves, Gulbenkian), e uma aclamação generalizada por parte de público e crítica às suas inacreditáveis prestações ao vivo.
O RED trio é hoje por hoje um verdadeiro acontecimento; ao vivo, e em disco, constitui uma das maiores bandeiras do jazz no país, um símbolo inequívoco da qualidade e criatividade do momento musical português, e um dos pontas de lança da música nacional além-fronteiras.
Em março de 2012 foi editado pela Clean Feed o terceiro disco, Stem, com a participação do trompetista Nate Wooley.


12 MAR. SÁB. 21.30H
Carlos Martins Quarteto (Portugal)
13º Portalegre JazzFest | GA | 8 € (oferta 1 CD)  / Passe 25 € (oferta 4 CDs) | M/4 anos


Carlos Martins :: saxofone
Mário Delgado :: guitarra
Carlos Barretto :: contrabaixo
Alexandre Frazão :: bateria

O disco “Absence”, o primeiro deste quarteto, trouxe claramente à discografia portuguesa um som diferente. Em primeiro lugar, na atitude determinada de guardar o maior silêncio possível dentro do som produzido, obrigando a uma disciplina inédita do coletivo. Terá sido também essa disciplina e a vontade de partilha da generosidade, que conquistou o coração de tantos portugueses, que escutaram “Absence” e o transformaram num dos discos de jazz mais vendidos dos últimos anos em Portugal. Agora haverá um novo disco, com outras nuances, que é a continuação de “Absence”, como um segundo volume mais alegre e quente, tocando uma inquietação calma inspirada ainda numa incerta nostalgia, sentindo o pulso do ambiente que vivemos aqui e no mundo. É também fruto do natural desenvolvimento da música, dentro de um sistema permeável como é o Quarteto, em contacto com o público nos concertos feitos entretanto, em performances iluminadas que se afastaram ligeiramente do som inicial.

11 e 12  MAR. SEX. e SÀB  23.30H
Sousa/Mira/Simões (Portugal)
13º Portalegre JazzFest | CC | 3 € / Passe 25 € (oferta 4 CDs) | M/4 anos

Miguel Mira :: Violoncelo
Pedro Sousa :: Saxofone
Afonso Simões :: Bateria

Este trio reúne três gerações de intervenientes de alta atividade e impacto na comunidade de música em Lisboa: Miguel Mira é um violoncelista completo, num pico de forma e criatividade, tendo também trabalho regular com uma das formações-chave do jazz contemporâneo nacional, o Motion Trio, de Rodrigo Amado.
Afonso Simões é um improvisador com mais de dez anos de trabalho público, tendo nos últimos anos estado ativo com a banda polidiscursista Gala Drop.
Pedro Sousa é saxofonista tenor e barítono, com colaborações em projetos ligados ao jazz, ao rock, ao noise e à experimentação mais desafiante..

18 MAR. SEX. 21.30H
Eric Revis Trio (EUA)
13º Portalegre JazzFest | GA | 8 € (oferta 1 CD)  / Passe 25 € (oferta 4 CDs) | M/4 anos


Eric Revis :: contrabaixo
Kris Davis :: piano
John Betsch :: bateria

Eric Revis é reconhecido, acima de tudo, como um contrabaixista de estilo único, com um som de madeira enorme, espesso e que consegue ser tão melódico quanto percussivo, swingando sempre, seja qual for o contexto. O músico norte-americano percorre com igual desenvoltura os circuitos do mainstream e da vanguarda, tendo já trabalhado com nomes como Betty Carter, Lionel Hampton, McCoy Tyner, Peter Brotzmann, Steve Coleman e Branford Marsalis.
A música proposta pelo grupo é afirmativa na sua identidade e clara na coesão conseguida, mas denota a variedade de interesses e influências de Revis e dos seus pares. Fica mesmo explicado que no alinhamento dos temas se repesquem partituras de autores tão apartados no tempo como na estética, como Thelonious Monk e Keith Jarrett.
Groove, subtileza e energia coexistem como é raro acontecer, não deixando ninguém indiferente.

19 MAR. SÁB. 21.30H
Chrome Hill (Noruega)
13º Portalegre JazzFest | GA | 8 € (oferta 1 CD)  / Passe 25 € (oferta 4 CDs) | M/4 anos


Asbjorn Lerheim :: guitarra
Atle Nymo :: saxofone
Roger Arntzen :: baixo eléctrico
Thorstein Lofthus :: bateria

Um grupo norueguês a tocar folk americana? Se os Chrome Hill fossem só isso, já seria invulgar o suficiente, mas o que nos propõem é ainda mais complicado, e por isso mesmo aliciante. A folk está lá, de facto, mas dentro de um invólucro jazz em que ainda cabe o rock, tal como este era entendido nas décadas de 1960 e 70, aquele rock agora ressurgido com designações como desert rock, stoner rock ou psych rock.
Os Chrome Hill podem ser originários da Escandinávia, mas na realidade vivem num país de fronteiras perdidas, que dispensa alfândegas e não entende conceitos como “imigração de pessoas” ou “importação de bens”. “Country of Lost Borders” é precisamente o título do seu novo disco, o quarto da sua carreira, indo mais fundo nas raízes, e designadamente as do jazz e do rock: os blues. Com eles, transportam a verdade essencial da música dos nossos dias, pesada tarefa em que são mestres de dimensão mundial.

18 e 19  MAR. SEX. e SÀB  23.30H 
Slow is Possible (Portugal)
13º Portalegre JazzFest | CC | 3 € / Passe 25 € (oferta 4 CDs) | M/4 anos


André Pontífice :: violoncelo
Bruno Figueira :: saxofone
Duarte Fonseca :: bateria
João Clemente :: guitarra
Nuno Santos Dias :: piano
Patrick Ferreira :: clarinete
Ricardo Sousa :: contrabaixo

Slow is Possible são a nova grande surpresa do jazz, num país que tido algumas nos últimos anos, como as revelações de Hugo Carvalhais, de Marco Barroso com o LUME, de João Guimarães com Zero e Fail Better! ou do Ensemble Super Moderne e do Coreto. No caso dos Slow is Possible, isso acontece por maior força de razão, já que os sete jovens músicos que o constituem não cresceram nos meios do jazz, sendo a sua formação clássica.
O jazz que praticam revela influências eruditas, mas também do rock e das músicas exploratórias, dando um relevo à melodia e ao ritmo que o torna particularmente acessível. O trabalho harmónico desenvolvido pelo grupo pode ser complexo, mas os seus temas ‘entram facilmente no ouvido’ e ficam lá, muito devido ao carácter cinematográfico das composições, fruto de um especial interesse pelo cinema experimental e por realizadores como Myra Deren e David Lynch.

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